quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


E um 2008 repleto de alegrias, desafios, conquistas e amor.

É o que desejo á todos vocês, meus amigos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Viagens

Eu sou do tipo que viaja facilmente quando estou lendo um bom livro. Do tipo que cria uma imagem para cada detalhe da estória, que cria laços com os personagens e sente até saudades deles quando a leitura acaba.

Como eu disse no post anterior, recentemente me presenteei com dois livros. Como já havia lido Cem Anos de Solidão, iniciei a leitura de Os Fios da Fortuna. Ainda estou bem no início do livro, mas estou amando!!! A estória se passa no Irã, mais precisamente em uma cidade chamada Isfahan.

Desde que li O Caçador de Pipas, comecei a me interessar muito por livros ambientados em regiões do oriente médio. Fico encantada, tocada. São povos que possuem uma cultua muito rica, uma história muito marcante e vêem a vida sob uma perspectiva bem diferente da nossa. Acho triste que hajam tantos problemas, tanto sofrimento permeando toda esta riqueza.

O livro descreve de forma muito bela a chegada das duas personagens principais á cidade de Isfahan e à sua enorme praça. Como estou totalmente conquistada pela estória, quis pesquisar algumas imagens do lugar, talvez para tentar ver a paisagem com os olhos das personagens...Claro, depois da pesquisa, fiquei ainda mais conquistada! Seguem algumas das imagens:
Isfahan - conhecida como A Metade do Mundo


Imam Square, em Isfahan é uma das maiores praças do mundo, e também está classificada entre as mais belas. Pode - se facilmente gastar vários dias apenas explorando-a, assim como as duas mesquitas, o palácio e o bazar ao seu redor.

Ponte dos 33 arcos. Construída entre 1599 e 1602 pelo xá Abbás

A leitura realmente é uma viagem emocionante!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Presentes


Ás vezes, e normalmente quando estou em uma fase difícil, gosto de presentear-me.

Claro que não é tão gostoso quanto ganhar um presente de alguém querido, mas traz uma boa dose de alegria.

Recentemente resolvi me presentear com dois livros. Um deles, pelo qual desde que li me apaixonei e decidi que queria tê-lo na minha pequena biblioteca, é Cem Anos de Solidão do Gabriel Garcia Márquez.

Considerado um dos melhores livros de literatura latina ja escritos, sua história passa-se numa aldeia remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarán.

A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán, que apesar de muito diferentes se amam profundamente. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, juntar-se-á Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.

A história desenrola-se à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula (que viveu entre 115 a 122 anos).

Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior.

Os Aurelianos terão ao longo do livro a missão de desvendar os misteriosos pergaminhos de Melquíades, o Cigano, que foi amigo de José Arcadio Buendía. Estes pergaminhos tem encerrados em si a história dramática da família e apenas serão decifradas quando o último da estirpe estiver às portas da morte. Tem um final magnifico que faz ter valido a pena toda a leitura.

O segundo livro, cuja leitura acabe de iniciar é Os Fios da Fortna e conta a estória de uma jovem tecelã da pérsia do século XVII.

Quanto ao último livro, ainda não posso dizer muita coisa, apenas que me parece uma belíssima estória.

Estou ainda em fase de lua de mel com meus presentes... como criança quando ganha brinquedo novo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Martha Medeiros e nossas feridas

Incrível como Martha Medeiros, em seus textos, sempre acerta em cheio nas nossas feridas! O texto abaixo me foi encaminhado pelo amigo Railer e é um bom exemplo disto!

Desconstruções

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.

Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Felipe. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.

Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.

A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Falando em Gatos....

Das qualidades dos gatos

Quando Deus fez o mundo, escolheu enchê-lo de animais, e decidiu dar uma qualidade especial para cada um.

Todos os animais formaram diante Dele uma longa fila, e o gato, calmamente, foi para o fim da fila.

Deus deu ao elefante e ao urso a Força,
ao coelho e ao cervo a Velocidade,
a Sabedoria à coruja,
Beleza aos pássaros e borboletas,
Esperteza para a raposa,
Inteligência para o macaco,
Lealdade para o cão,
Coragem para o leão,
Alegria para a lontra...
Todas estas coisas os animais haviam pedido para ter.

Afinal, ao fim da fila, o pequeno gato sentou-se e esperou paciente. Deus perguntou-lhe:

- O que terá você ?

Ao que o gato encolheu os ombros e respondeu:

- Qualquer coisa me servirá. Eu não ligo.

E Deus disse:

- Mas eu sou Deus ! Quero lhe dar algo especial !

E o gato, espertamente, respondeu:

- Então me dê um pouco de tudo, por favor !

E Deus, rindo-se da enorme inteligência do animal, deu para o gato a soma de todas as qualidades dos animais, mais a graça e a elegância, e um gentil ronronar, para que ele sempre atraísse os homens e conquistasse seus lares.

Autoria Desconhecida

Diferentes e Iguais

Sim, todos somos diferentes, únicos.

Mas é incrível como, apesar disto, encontramos semelhanças em desconhecidos pelo caminho!

Hoje estava visitando um blog muito interessante chamado "Onde fica Macondo?" (lembram-se de cem anos de solidão?) e encontrei a postagem abaixo que traduz exatamente muitos dos meus desejos e anseios.


[Eu quero ter um jardim e gatos pela casa. Eu quero ter filhos felizes. Quero a casa cheia de amigos, para riso ou para choro. Grama pra olhar a lua. Andar de mãos dadas na hora do céu baunilha de Monet. Há sonhos que já são vida e você nem vê.]


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Perdas

Nossa vida é rechada de conquistas e de perdas.

Sorrimos, sofremos e aprendemos com cada uma das consquistas, com cada uma das perdas.

Mas há coisas, há pessoas, há amizades em nossa vida sem quais simplismente não podemos viver. Não sem deixar de se ter esperança, não sem perder a possibilidade de ser alguém melhor a cada dia.

Natal


Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria à luz Jesus, o filho de Deus.

Na véspera do nascimento, o casal viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado numa manjedoura.

Os pastores que estavam próximos com os seus rebanhos foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três Reis Magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia encontraram igualmente o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No retorno, espalharam a notícia de que havia nascido o filho de Deus.
Hoje visitei o blog do meu amigo Moisés e vi que ele também anda sumido de seu Blog. Ele admitiu estar meio "relapso"... acho que isto pega... relápsa é apelido para mim ultimamente no que diz respeito ao Paisagen da Janela.
Mas somos assim mesmo...ás vezes precisamos nos permitir simplismente sumir...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Quão ardentemente desejo, ás vezes, uma ponte que me ligasse com maior tranquilidade e naturalidade ás pessoas, especialmente áquelas que me são caras!!!

Álbum de Recordações II

No dia 11 de Abril deste ano, escrevi uma postagem intitulada Álbum e Recordações, na qual falei de alguns dos mais preciosos tesouros que possuo...minhas lembranças.

Cada lembrança - especialmente aquelas de minha infância - são um pedacinho da pessoa que sou, da pessoa que nunca quero deixar de ser, como uma colcha de retalhos de mim mesma, de minha vida. Por esta razão tenho tanto medo de perdê-las, medo de que elas se desfaçam no tempo veloz que me atropela e assim, eu me esqueça quem sou e o que relmente amo nesta vida.

Durante este final de semana, meu coração sussurrou aos meus ouvidos com outras recordações...belas e importantes.

Assim como as outras, estas também são partículas do eu sou e precisam ser eternizadas.
Álbum de Recordações II:
  • Dia em que fiquei internada e meu irmão encheu uma enorme sacola de laranjas "água doce" só pra levar pra mim, pois eu gostava;
  • Conversar com o Padre Luciano (meu primo e herói de infância) deitada em seu colo;
  • Ficar na soleira da porta da cozinha na roça esperando meu pai chegar da cidade com um saquinho de balas;
  • Natal na roça, quando minha mãe fazia cochinhas e pastéis... Fazíamos uma verdadeira ceia com cochinhas, pastéis e refrigerante;
  • Cheirinho de capim sendo picado de manhã para as vacas;
  • Pular no monte de capim recém picado;
  • Meu primeiro namoradinho... Roberval, aos meus oito anos de idade;
  • Quando, na adolescência, saía com meu irmão pela rua fingindo que ele era meu namorado, deixando todas as garotas com inveja;
  • E muitas outras que, a seu tempo, serão aqui registradas para serem meus pilares de sustentação, minhas raízes.

Percebi que, apesar de tais recordações fazerem parte de mim e serem a matéria da qual eu sou feita, são também momentos que não voltarão mais. É uma inocência que eu já perdi. São tezouros que se deterioraram com o tempo...relacionamentos que se modificaram...

Talvez meus álbuns de recordações sejam a última tentativa de resguardar, preservar tudo de bom que tais recordações significam... não deixar escapar por entre meus dedos assim como muitas coisas me escaparam.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Lindas Campanhas Publicitárias

Existem algumas campanhas publicitárias que realmente são muito bem feitas e conseguem passar a mesagem de forma simples, clara e bonita.

Há duas, em especial que eu simplismente adoro!!! Ambas estão sendo veiculadas atualmente na TV e muios já devem conhecê-las.

Uma delas é a Fundação para uma vida melhor e fala sobre esperança. Não conheço muito a respeito desta organização e não posso dizer nada sobre sua idoneidade, mas as suas campanhas são sempre muito boas e difundem os valores que a humanidade deve preservar e passar adiante.

Esta campanha sobre a esperança usou de três artifícios com muita sabedoria: Uma bela melodia, uma bela letra e belas imagens. Veja a letra da música e, abaixo, o vídeo:

"Mundos distintos, tão diferenes, com a mesma finalidade
E nessa vida, todos buscamos a felicidade
Diferentes formas de pensar, rios correndo pro mesmo mar
E não há nada nesse mundo que não se possa alcançar
Paz, amor e a fraternidade, Só unidos que vamos ganhar"


Esperança

A outra campanha com a qual eu fiquei também encantada é da WWF, sobre a degradação do meio ambiente e suas conseqüêcias. Muito divertida e surpreendente, mostra como tudo que fazemos volta pra nós em algum momento de nossa vida. Segue o vídeo:


quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Dia de Alegria

Hoje, 04 de Outubro comemora-se o dia de São Francisco de Assis. Sua vida foi uma lição de amor tão única, intensa e linda, que a admiração que desperta nas pessoas ultrapassa todo e qualquer limite entre religiões, culturas e crenças.


A perfeição pode ser deste mundo

"Francisco de Assis foi, de fato, uma réplica humana de Jesus. As humanas razões dessa grandeza são tamanhas, que, dificilmente, e vãmente, se procurará na história da humanidade outro homem igual.

A todos, aos maiores, os que assombram como gênios, heróis, mesmo santos, distingue uma qualidade, que obriga e impõe à admiração: neste confluem todas. Com efeito, a sensibilidade que faz o poeta ou o santo; a inteligência, que faz o gênio que impressiona ou converte, persuadindo; a vontade, que domina e faz o político e o diretor de consciências, todas essas faculdades excessivas que dão grandeza aos homens, ainda quando singulares, ou insignemente desenvolvidas, se encontram, complexamente, e no seu limite humano de desenvolvimento, atingidas por Francisco de Assis... Daí a sua grandeza. Incomparável. Único. O homem que mais se aproximou da divindade... À sociedade medieval prega a reforma, repondo no coração, na memória, na ação dos homens, o Evangelho. Cristo ressuscitou segunda vez, desta vez para o mundo, diríamos, se a frase pudesse ser ortodoxa. Mas tivemos dele a réplica perfeita. O céu aproximou-se da terra. A pobreza era a pena de todos? A pobreza foi alçada a ideal. Para que bens pessoais? Para os ter de guardar à mão armada? As desavenças entre os homens, a guerra entre os povos vêm da posse. Sem a propriedade não haveria nem a miséria nem a guerra.

São Francisco é a maior lição que o homem já deu à humanidade: a perfeição é possível neste mundo. Um homem aproxima-se de Deus. Jesus tem, viva, a sua verônica".

De Afrânio Peixoto, em "A perfeição pode ser deste mundo: São Francisco de Assis".

____x____

Hoje também comemora-se o dia interacional dos animais, fato talvez ligado ao imenso amor e respeio que este santo sempre dedicou a eles e a toda a natureza. Abaixo, uma singela estória.

São Pedro tirou férias e São Francisco o substituiu, para bem conhecer a alma humana.
Após alguns dias, no entanto, notou-se que menos pessoas estavam entrando no céu.
Um anjo curioso foi ver se descobria porque e ficou a observar São Francisco.
O próximo da fila era um homem bem apessoado, de aparência até nobre.
Qual não foi o espanto do anjo quando viu que, enquanto o homem se aproximava de São Francisco, pulou no colo do Santo um belo pastor alemão.
- Feroz, aí está o seu antigo senhor. O que me dizes? ? perguntou o Santo ao cão.

- São Francisco, ele me deixou preso a uma corrente minha vida inteira, fizesse sol ou chuva, e me chutava e me batia todo o tempo. Até que um dia não resisti e estou aqui!

Ao homem, São Francisco fechou as portas do céu.

Então, foi a vez de uma senhora de aparência bondosa. No colo do Santo, uma gata persa que disse:

- São Francisco, ela me mostrava aos amigos que chegavam e passeava comigo no shopping. Mas em casa, me esquecia num canto e viajava sem me deixar água ou comida suficiente. Quando adoeci, sem ao menos tentar me salvar, ela mandou me sacrificar e comprou outro pobre animal.

São Francisco também lhe fechou as portas do céu.

Chegou então uma jovem. Uma gatinha novinha logo pulou no colo do santo.
A jovem disse assustada:

- Mas nunca tive filhotes! Somente um gato macho que ainda vive!

A gatinha miou baixinho:

- Eu sou um dos filhotinhos que seu gato gerou na rua e que, abandonados, desnutridos, morreram doentes poucos dias depois de nascidos. Tudo porque você não queria castrá-lo nem deixá-lo em casa.

Essa jovem também não entrou no céu.

Finalmente, chegou a vez de um senhor idoso. Mas, quando ele chegou a São Francisco, nenhum animal apareceu. O Santo perguntou:

- Nunca tiveste um bicho de estimação?

O senhor respondeu:

- Não! Porque não quis animais de estimação.

Verificadas outras pendências, São Francisco abriu as portas do céu para o homem.

O anjo, surpreso, perguntou:

- Mas ele desgostava tanto dos bichos que nem os tinha!

São Francisco respondeu:

Não ter bichos não é pecado. Os homens que dizem gostar e os têm e os tratam mal, como se fossem bibelôs ou brinquedos, se esquecem que seus animais de estimação não são suas criaturas, mas criaturas de Deus aos homens confiadas para alegrar suas vidas. Esses sim, prestarão contas de como cuidaram dos animais sob sua responsabilidade.

São Francisco - Vinícius De Moraes

Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite

Junto ao moinho
Bebendo a água
Do ribeirinho.

Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom-dia, amigo
Dizendo ao fogo
Saúde, irmão.

Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho

Contando histórias
Pros passarinhos.


04 de Outubro - Dia de São Francisco de Assis
Alguém seria capaz de olhar para esta cena e não abrir um sorriso????
Acho impossível!!!!
Seres maravilhosos: as crianças e os gatos.
(imagem enviada por Fabiana Costa. Obrigada, Fabiana.)

Professorinha?

Mutos não sabem, mas eu fui normalista.Estudei magistério no segundo grau e cheguei até a lecionar para crianças.

Depois de um tempo concluí:

Lecionar para crianças (crianças mesmo, de no máximo 10 anos de idade) é algo muito legal e até estimulante, mas profissionalmente, não me realizaria.

Lecionar para adolescentes... definitivamente não me atrai, não me realizaria. Não tenho paciência suficiente para lidar com adolescentes, principalmente com os adolescentes de hoje em dia.

Lecionar em curso superior? Bem, esta é uma grande possibilidade que comecei a considerar e a desejar desde que me envolvi com pesquisa acadêmica e me aproximei mais deste "mundo acadêmico". Por esta razão, entre outras, pretendo ingressar em um bom mestrado num futuro próximo.

Está acontecendo na PUC Minas Arcos, a primeira Semana de Ciência e Cultura, evento que tem oferecido vários cursos, palestras, oficinas e espetáculos simultâneos para os alunos, funcionários e comunidade em geral. Fui convidada a ministrar, neste evento, um mini-curso sobre o tema que é foco de minhas pesquisas há mais de dois anos: estresse organizacional... uma ótima oportunidade para "experimentar" o papel de professora acadêmica.

O mini curso aconteceu ontem á noite e devo confessar que fiquei bastante surpresa com o público. Eu não havia sido informada do número de inscrições e, de repente, a sala foi-se enchendo... Considerando que, ao mesmo tempo vários outros eventos como mini cursos, oficinas e espetáculos estavam acontecendo, acho que tive um público muito bom! Foram mais de cinquenta pessoas me ouvindo.

Foi uma experiência ótima! Me senti quase em casa partilhando com aquelas pessoas o conhecimento que eu adquiri sobre estresse. A participação também me deixou muto feliz, as pessoas interagiram, questionaram, debateram... enfim... demonstraram interesse em tudo que estava sendo dito.

Depois desta experiência tão positiva, comecei a pensar que, de repente eu não estivese tão enganada quanto ao meu possível futuro profissional quando me tornei uma normalista...só ainda não tinha definido bem o foco.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Rio de Janeiro


Aos meus pouquíssimos, mas muito queridos leitores, peço desculpas pela grande ausência... ás vezes eu realmente sinto necessidade de silenciar-me.

Esta semana eu pude experimentar, ao mesmo tempo, várias estréias em minha vida:
- Primeira vez que fui ao Rio de Janeiro;
- Primeira vez que viagei de avião;
- Primeira vez que vi o mar;
- Primeira vez que participei do EnANPAD (Econtro da Associação Nacional de PósGraduação e Pesquisa em Administração)
- Primeira vez que aresentei e publiquei um trabalho meu no EnANPAD.

Acho mesmo que foi um sobrecarga de coisas novas! Fiquei um pouco nervosa frente ao desconhecido, mas percebo que foi um nervosismo mais relacionado á excitação e alegria que ao medo.

A viagem foi ótima!!!!

Infelizmente não pude aproveitar o Rio de Janeiro para turismo como eu gostaria, já que, como participante do evento, não dispunha de muito tempo, nem de muitas companhias para visitar todos os lugares que queria... Mas o mar... ah, o mar!

Fiquei petrificada perante o mar. Perante sua força e sua imensidão. Fiquei maravilhada!

Hospedei-me em um ótimo hotel na Barra da Tijuca - bairro onde permaneci todos os dias de minha estadia no RJ - e o mar abria-se bem em frente á sacada do meu quarto... visão linda que me encheu os olhos e me encheu a alma.

Quanto aos prazeres da praia, não tive muita sorte. No dia em que cheguei chegou também ao Rio uma grande frente fria que transofrmou a paisagem com a neblina e com o frio e só foi-se embora no dia em que eu também fui embora. Restou-me caminhar pela praia no meio do vento forte admirando o mar extremamente agitado e por isto mesmo, mais imprenssionante.

O congresso foi ótimo!!! Eu era a única pessoa que não possuía mestrado ou doutorado naquele lugar, e isto me deixou, inicialmente, um pouco insegura... mas foi só inicialmente. A apresentação de meu trabalho aconteceu no último dia e foi excelente! Os debates foram muito interessantes e meu trabalho foi bastante elogiado. E claro....fiz contatos excelentes!

O avião?
Bem o avião não me assustou quase nada e além disso, me trouxe uma gratificante surpresa... uma pessoa muto especial que entrou no avião e entrou em minha vida.

Posso dizer que minhas estréias foram, apesar da frente fria e do pouco turismo, um sucesso!


quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A Tristeza

Ás vezes a tristeza se instala sorrateira em nosso ser. Nem sempre sabemos exatamente os motivos que a trouxeram e quando ela partirá. Mas nesses momentos, máscara nenhuma é capaz de ocultá-la.



quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Renovação


Adoro esta época do ano quando a paisagem começa a mudar e aparecem por toda parte os maravilhosos ipês amarelos.

Acho uma árvore fantástica, que se desnuda inteira e se cobre de cores. Ipês amarelos têm, para mim, um significdo muito grande, sempre me tocam o coração e me fazem lembrar que tudo se renova, que tudo deve ser renovar e que mesmo quando as coisas são difíceis, é preciso se desnudar e se cobrir da beleza da vida.

Beto Guedes sabia que esta é uma época especial...

Sol de Primavera

Beto Guedes

Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor, só nos resta aprender

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Meninos atores de ‘O caçador de pipas’ são perseguidos no Afeganistão

Fico imensamente triste em ver como tudo no oriente médio é difícil, como tudo acaba envolvendo sofrimento, revolta, ravia...

Exemplo disto é a notícia que acabei de ver sobre as crianças afegãs que participaram do filme O Caçado de Pipas. Após regressarem das gravações (feitas na china), eles começaram a ser preseguidos, suas famílias perderam os empregos e eles tiveram que fugir de suas casas com medo de atentados ou sequestros.

Tudo isto aconteceu por causa da cena em que Hassan, um garoto da etnia hazara e um dos personagens principais do livro e filme, sofre um estupro. Quem já leu o livro sabe que o acontecimento é determinante para todo o resto da história que é uma lição de amor, mas os conterrâneos hazaras sentiram-se ofendidos em sua honra e revoltaram-se.

O povo hazara afirma que a cena é "mais uma tentativa" de os subjulgar, de os diminuir e pediram que ela seja retirada do filme.

Não se sabe se este pedido será ou não atendido, mas não é esta a questão. É triste ver como este povo ficou endurecido e amargo.

Sei que a cultura ocidental é muito diferente e que se fôssemos criados naquela cultura talvez entendêssemos melhor as suas razões, mas acho que nada justifica a desumanidade e o desrespeito.

Fico realmente muito triste.

Se quiser, veja a notícia na íntegra
aqui

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Gato-Mostra

Para aqueles que criticam meu amor por aqueles seres peludos, lindos e misteriosos que são so gatos, saibam que não sou a única!
Vejam a notícia da BBC:
Mostra em Londres revela 'estranho mundo dos gatos'

Uma exposição em Londres reúne o maior número de desenhos e pinturas de gatos do mundo.

No 'Summer Cat Show', a Chris Beetles Gallery leva ao público obras de diversos artistas especializados em retratar gatos das mais diversas formas.

O foco da mostra é o trabalho de Louis Wain, que ficou famoso por ter criado um mundo de gatos humanizados, que participam de festas, usam roupas da moda e jogam golfe.

O artista começou a atrair atenção quando seus desenhos bem-humorados começaram a ser publicados no Illustrated London News, em 1886.Wain conquistou fãs importantes, como o escritor H. G. Wells e o primeiro-ministro britânico Ramsey MacDonald, mas não era bom em negociar os preços de suas obras e acabava vendendo os trabalhos por muito menos do que eles valiam.

Notícia na íntegra
aqui!

Bem, o artista acabou a vida um pouco "fraquinho das idéias", mas não me venha a oposição dizer que isto teve alguma coisa a ver com seu gosto pelos felinos!!!! Rs

Seguem-se alguns de seus desenhos:



quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O Caçador de Pipas - O Filme

Acabei de me deleitar com o trailer do filme "O Caçador de Pipas", adpatação do best-seller homônimo de Khaled Hosseini que, diga-se de passagem, é um dos livros que mais me emocionou e também o livro que despertou em mim o interesse pela cultura e realidade do oriente médio.

O filme está sendo dirigido por Marc Foster , mesmo diretor de "Em Busca da Terra do Nunca" e deve chegar ás telas brasileiras em Janeiro de 2008.

Assita ao trailer! (está postado na barra á esquerda do Blog). Quem gostou do livro com certeza ficará tão ansioso pelo filme como eu!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Cansei


Esta é, ao que me parece, a primeira postagem "política" deste blog.
Não pude deixar de apoiar a campanha!
Estou cansada de ver tanta coisa errada! Tanto sinismo!

Roteiro dos atos cívicos
12:00 - Chegada
12:30 - Ato ecumênico
13:00 - Minuto de silêncio
13:01 - Hino Nacional e encerramento

São Paulo: Catedral da Sé, Praça da Sé - Centro
Porto Alegre: Aeroporto Salgado Filho

Divulgue a campanha, Divulgue as idéias, divulgue o site: http://www.cansei.com.br/ .

Cansei de gente que só quer levar vantagem;
Cansei do governo paralelo dos traficantes;
Cansei de pagar tantos impostos;
Cansei de impunidade;
Cansei de tanta burocracia;
Cansei de caos aéreo;
Cansei de CPI que não dá em nada;
Cansei de crianças nas ruas e não nas escolas;
Cansei de presidiário falando no celular;
Cansei de ver traficante fechando o comércio;
Cansei de empresários corruptores;
Cansei de ter medo de parar no sinal;
Cansei de bala perdida;
Cansei de tanta corrupção;
Cansei de achar tudo isso normal;
Cansei de não fazer nada.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Pai

Pai...
Hoje senti uma falta de você.
Do seu jeito de ser
Do seu modo de se preocupar
Do seu sorriso
Do seu olhar
Das suas brincadeiras.

Pai...
Me perdoa pela dor tão forte desta saudade imensa
Pela falta que você me faz
Foram momentos de lembrança
Que hoje eu tive de você
Talvez por me sentir mais criança
Por querer me apoiar em uma esperança
Ouvir palavras que só você sabia dizer

Pai...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Minas não tem mar, mas...

Nossa Minas Gerais não tem mar, não é banhada pelas águas salgadas nem tem praias tropicais - marca comum do Brasil. Mas nossa Minas Gerais tem uma imensidão de belezas de diferentes cores, nuanças e tonalidades, variados cheiros e sabores.

Nossa Minas Gerais é banhada não pelo mar, mas pela cultura popular que guarda em si as riquezas e a memória de muitas décadas, muitos séculos: Lendas, festas, cantigas, crenças, tradições...história do povo mineiro de ontem e de hoje que se perpetuam pelas ruas das cidadezinhas históricas, pelas histórias contadas ao pé do fogão a lenha, pelas galerias de arte espalhadas em cada canto.

Eu sempre soube desta riqueza. Ela sempre fez parte de minha vida de mineira, mas é incrível como Minas Gerais nos surpreende com novas maravilhas ainda desconhecidas como o Inhotim - Centro de Arte Conteporânea!

"Inhotim é um lugar em formação, onde arte contemporânea e natureza se relacionam de forma especial. O Centro de Arte Contemporânea é uma instituição comprometida com a educação e o desenvolvimento cultural da comunidade.

Situado no município de Brumadinho, Minas Gerais, Inhotim ocupa uma área de 35 hectares de jardins – parte deles criada pelo paisagista brasileiro Roberto Burle Marx – e abriga extensa coleção botânica de espécies tropicais, bem como um acervo artístico. Além da arquitetura dos museus convencionais e dos parques de escultura, Inhotim oferece aos artistas a oportunidade de sonhar e produzir obras de realização complexa. Inhotim é um lugar para educação, meditação e deleite." (texto retirado da página oficial do Inhotim)

Foi mais uma bela surpresa da minha Minas Gerais! Um lugar tão belo, com uma estrutura impecável, obras de arte fantásticas e a natureza convivendo de forma totalmente harmônica com tudo isto!

Claro que, como todo mineiro, o Inhotim é muito hospitaleiro e recebe de braços abertos obras não apenas de mineiros, mas de artistas do Brasil e de todo o mundo que vêm proporcionar aos visitantes - Mineiros, Brasileiros e estrangeiros - momentos de pura cultura e beleza.

O nome? Bem, não poderia ser mais mineiro... Sua origem tem a seguinte explicação: no local que hoje abriga o Centro de Arte Conteporânea, antigamente havia uma fazenda de um senhor conhecido na região por "Senhor Tim"... com o tempo, "Senhô Tim"..."Inhô Tim"... Inhotim! Nada mais mineiro!

Visitem!Vale a pena!
Seguem algumas fotos de Inhotim.




quarta-feira, 25 de julho de 2007

Paz Bucólica


Meu coração, bucólico por origem e essência
Sente falta das simpicidades de uma infância já vivida
Recheada de sonhos
Com poucas preocupações, muios desejos e muita esperança.
O coração sabe que hoje as paragens são outras
Muitos os caminhos a prcorrer para realizar os sonhos infantis e também os adultos
Mas vez por outra,
Sente a necessidade de se reabastecer
Das delícias de se dormir ouvindo a bica d'água no quintal
Ou os pingos de chuva no telhado antigo
Sente necessidade de se reabastecer da grande paz
Bucólica como as pinturas de Monet.

Leila Souza

"SENHORES PASSAGEIROS. .."

Rubem Alves

Todos os avisos de segurança continuam a ser transmitidos pelas aeromoças como se nada tivesse acontecido. Mas elas sabem que tudo é inútil.

O RONCO de um avião me acordou. Era cedo ainda. Olhei através do vidro da janela do meu quarto e vi o escuro branco da névoa. Tentei ver que horas eram no meu relógio, através da neblina da catarata. Não consegui. De manhã meus olhos são nevoeiros. Apelei para o colírio.

Eram quase seis horas. Passou um outro avião. E mais outro. Isso é incomum, tantos aviões descendo em Viracopos.

"Senhores passageiros: dentro de alguns minutos aterrissaremos em Viracopos. Afivelem os cintos, mantenham o encosto dos seus assentos na posição vertical e verifiquem se suas mesinhas estão fechadas e travadas."

Dentro do avião é como sempre foi. Todas as aeromoças dizem a mesma coisa. Para que a aterrissagem seja tranqüila. Hoje, quando escrevo, é quarta-feira, dia 18 julho. Ontem, dia 17, foi o aniversário do meu filho.

Estávamos numa pizzaria alegres e leves, tomando chopp e comendo pão italiano com lingüiça calabresa.

Enquanto isso, aproximando- se do aeroporto de Congonhas, o airbus se preparava para aterrissar. A comissária de bordo havia feito os mesmos avisos, todos os passageiros estavam com seus cintos de segurança apertados, os encostos dos assentos estavam na posição vertical e as mesinhas estavam fechadas e travadas.

"De repente do riso fez-se o pranto, silencioso e branco como a bruma e das bocas unidas fez-se a espuma e das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente, não mais que de repente fez-se de triste o que se fez amante e de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante, de repente, não mais que de repente..." De repente, a morte.

Passa mais um avião sobre a minha casa. Havia uma canção de protesto na década dos anos setenta que dizia: "Business goes on as usual..." os negócios continuam como sempre foram. Os aviões continuam a passar: "business goes on as usual". Dentro dos aviões todos os avisos de segurança continuam a ser transmitidos pelas aeromoças como se nada tivesse acontecido.

Mas elas sabem que tudo é inútil. Todos têm medo. Tem medo a mãe que abraça seu filhinho adormecido. Ele é o único que não tem medo. Aquele executivo de terno preto, gravata e lap-top tentou se esquecer do medo na tela do seu computador. Não conseguiu. Desligou o dito, guardou, abriu a carteira e agora está olhando para a fotografia de sua filha de dois anos

As beatas repetem rezas sem sentido. Não são para Deus. Deus já as decorou faz milênios. Se não são para Deus, para quem serão as rezas? Para eles mesmos, os que rezam. A repetição de palavras sem sentido esconde o medo. Talvez o que reza com mais verdade seja aquele ateu: seus olhos estão fechados e seus lábios se movem imperceptivelmente.

Amanhã [hoje], dia 19, deverei ir a Belo Horizonte. Mas estou com medo. Não irei? Irei, com medo. Rezarei? Sei que as rezas são inúteis. Se as rezas valessem não haveria desastres de avião. Porque num avião todos rezam. Muitas pessoas no airbus estavam rezando. Irei. Não posso decepcionar as pessoas que estarão me esperando. Enquanto isso os homens que o povo elegeu democraticamente para cuidar da sua segurança, em Brasília, discutem as aventuras sexuais e fiscais do senhor Renan Calheiros.

São Paulo, quinta-feira, 19 de julho de 2007

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Aos meus amigos, com amor



Os momentos difíceis e tristes são amenos,
Por que vocês estão do meu lado.
As alegrias e vitórias são mais saborosas,
Por que vocês estão do meu lado.
Meus medos e angústias são superáveis,
Por que vocês estão do meu lado.
Sou uma pessoa melhor,
Por que vocês estão do meu lado.


Obrigada.

"Amigo é quem te dá um pedacinho de chão,
quando é de terra firme que você precisa,
Ou um pedacinho de céu,
se é o sonho que te faz falta.
Amigo é mais que mão estendida.
É mente aberta, coração pulsante, costas largas.
É quem tentou e fez .
É quem não tem egoísmo.
É aquele que dá e não espera o retorno porque o ato de compartilhar já satisfaz.
É quem já sentiu, ou um dia vai sentir o mesmo que você.
É aquele que entende o seu desejo de voar ou de sumir.
É quem fica enfurecido ao enxergar o seu erro, embora saiba que a perfeição é utopia.
É o sol que seca as suas lágrimas.
É a polpa que adocica o seu sorriso.
O amigo é aquele que toca a sua ferida.
Vibra com suas vitórias, ou faz piada para amenizar um problema.
É quem sorri, sem motivo aparente.
É o que acha aquilo que você nem sabia que buscava.
É aquele que te ouve ao telefone, com a mesma atenção de quem está olhando nos olhos.
Amigo é quem ouve e fala com o olhar.
E tem a palavra certa o olhar que expressa dor ou alegria.
É a lua, a estrela mais brilhante, a luz que renova a cada instante.
Amigo é aquele que diz te amo, sem risco de ser mal interpretado.
Amigo é quem te ama e ponto final.
É verdade, é razão, é sonho ou sentimento.
Amigo é para sempre."

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Materializações

Aos poucos e de forma silenciosa
A ausência, antes tão irreal
Vai se materializando
Nos pequenos detalhes
No silêncio da casa
Na escuridão do quarto
Na inexistência de passos cambaleantes
No peso das horas, dos minutos, dos segundos
Como uma nova e perpétua inquilina
A ausência vai se instalando
Ocupando o seu lugar
Na minha casa, na minha vida e no meu coração.

Leila Souza

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Não Basta


Alberto Caeiro



Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

É o que tem pra hoje

Minha amiga Bruna, do "Coisas de Bruna" sempre descobre textos muito legais...assim como este que ela me enviou hoje... Realmente muito legal! Obrigada Bruna!

É o que tem pra hoje.

De Tati Bernardi

Queria ser uma dessas pessoas que chegam rapidamente até o outro lado da praia, mesmo quando é fofa e de tombo.Que arquitetam planos de vida.Que começam assistentes e terminam donos.Que começam miojo e terminam grande evento culinário um sábado sim, um não.Que não se demoram na hora de olhar o cardápio, a vitrine, o Guia da Folha.

Fico vendo que fulano foi lá, escreveu o roteiro, quase um ano de trabalho. Depois foi lá, filmou tudinho, mais um ano de trabalho. Na semana da estréia já estava envolvido em outro projeto. Projetos atrás de projetos. Ah: e fulano tem absoluta certeza que nasceu pra isso.

Fico vendo que fulana foi lá: em 2000 pós, 2001 mba, 2002 carro do ano, 2003 casamento, 2004 casa, 2005 filho, 2006 rotavírus. Uma vida na agenda.

Mas enquanto isso, será que fulano sabe dos 456 livros que poderia ler? Das 456 mulheres que poderia comer? Do pôr do sol em Fernando de Noronha? Do prazer surruel que é dormir até tarde sem saber que dia é?

Como fulano pode ter certeza que está no lugar certo, na hora certa, no momento certo, com a pessoa certa, se há zilhões de segundos, dias, ruas, bairros, cidades, países e sonhos nesse mundo?

Passo os dias me perguntando. Aquele povo todo, correndo na paulista, se apertando no metrô, parado no trânsito da Marginal, passando crachás, apertando mãos, escovando os dentes naquelas escovinhas que dobram no meio pra caber na bolsa, almoçando em quilos, sorrindo em falso, respirando ar condicionado, sonhando com a vida alheia, com o salário alheio, com o final do dia.

Eu não consigo ser uma coisa. Não consigo viver por algo. Tenho esse saco sem fundo onde cabe o mundo. Mas cabe tanto, tanto, que vivo vazia. Porque ainda não aprendi a me preencher. Porque ainda ando por aí meio maravilhada e irritada, caçando meus pedaços, desejos e inspirações. Até que depois de ver um pouco de tudo e todos, eu saiba finalmente que cara e que forma tem o meu mural de recortes, a minha colcha de retalhos.

Mas no meio do caminho se é muito feliz. E esse texto está assim meio estranho porque tô escrevendo ele… quem diria: um pouco bêbada. Agora, por exemplo, tô feliz porque bebi saquê e cantei "O amor e o poder" em um karaokê louco. Tô muito feliz. E talvez um pouco bêbada. Odeio crachás. E eu tô feliz porque tô ouvindo uma versão de "My way" cantada pelo Gipsy Kings e são quatro e cinco da manhã. E porque estou tendo o maior ataque de riso do mundo simplesmente porque nada faz sentido. E que bom que não faz.

Como diria meu cabeleireiro gay e com pedras no rim: "é o que tem pra hoje, meu bem". E eu não me culpo pela minha pressa em ficar. E eu não te culpo pela sua pressa em ir. É em tantas pressas contrárias que a gente se esbarra pelo mundo e se diverte um pouco.

Boas Notícias

Ontem, 05.07.2007, fui presenteada com uma grande e boa notícia: Um artigo científico meu foi aprovado para apresentação e publicação no XXXI Encontro da ANPAD.

Depois de dias negros de tristeza pela perda do meu pai, meu coração se iluminou de alegria... Este é o congresso nacional mais importante da área de Administração e a aprovação deste artigo é o reconhecimento a um trabalho de mais de dois anos que envolveu muita pesquisa bibliográfica, muita leitura, muita dedicação, pesquisa de campo e muita energia.

Meus queridos amigos Jorge e Kenneth foram não apenas meus orientadores, mas os maiores incentivadores e as pessoas que sempre acreditaram em minha capacidade mais que qualquer outra pessoa.

É grande a alegria da conquista depois de tanto esforço. Faz valer a pena cada minuto de dedicação!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Meu Pai

"Das muitas coisas do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança o aconchego do meu lar
No fim da tarde quando tudo se aquietava
A família se ajuntava lá no alpendre a conversar
Meus pais não tinham nem escola e nem dinheiro
Todo o dia o ano inteiro trabalhavam sem parar
Faltava tudo mas a gente nem ligava o importante não faltava
Seu sorriso e seu olhar
Eu tantas vezes vi meu pai chegar cansado
Mas aquilo era sagrado um por um ele afagava
E perguntava quem fizera estripolias
E mamãe nos defendia e tudo aos poucos se ajeitava
O sol se punha, a viola alguém trazia
Todo mundo então pedia pro papai cantar com a gente
Desafinado meio rouco e voz cansada
Ele cantava mil toadas, seu olhar no sol poente..."

Meu pai não tocava viola, mas assim como na música, as melhores lembranças do meu tempo de infância incluem sua presença.

Quando eu era criança, meu pai era tudo pra mim... meu amor, meu protetor, meu herói e meu amigo. Ele era criança comigo... Mesmo depois do dia inteiro de trabalho duro sob o sol nós brincávamos de fazer bichos na somba da lamparina á noite, jogávamos mico-preto, porrinha, caxeta...andávamos a cavalo juntos...Se ele se atrazasse para chegar em casa do trabalho eu ia para o alpendre com os olhos cheios de lágrimas e só saía quando o via apontando na estrada ou abrindo a porteira.

Quando veio para mim a adolescência, nós nos afastamos um pouco. Acho que era natural que o relacionamento mudasse, mas não encontramos a fórmula certa...ser crianças juntos era mais fácil... Surgiram muitas dificuldades - a rebeldia da adolescência, os conflitos, as brigas, as mágoas... mas sempre nos amamos.

Acho que não conseguimos mais alinhar esse amor tão bem como fazíamos no meu tempo de criança, mas sabíamos que ele existia. E ele se orgulhava de mim. Eu via isso em seus olhos!

Cometi muitos erros com meu pai. Mas decidi que não serão eles que guardarei na minha memória, mas as coisas boas que vivemos, o amor que sempre soubemos existir.

A dor de perdê-lo é, como bem disse um amigo meu, uma dor que anestesia... ás vezes sinto como se ele apenas não estivesse em casa e fosse entrar pelo portão a qualquer hora... mas tenho fé de que a vida venceu a morte para ele e que ao poucos a vida vencerá a morte também para mim.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Reflexões - HEROES

"De onde vem essa busca? Essa necessidade de resolver os mistérios da vida, quando as mais simples questões podem não se respondidas?
Por que estamos aqui?
O que é a alma?
Por que sonhamos?
Talvez fosse melhor nem procurarmos. Não aprofundar. Não ansiar. (...)
Mas ainda nos esforçamos para fazer diferença... mudar o mundo, sonhar com esperança... Nunca tendo a certeza de quem encontraremos pelo caminho. Quem, dentre os estranhos vai segurar nossa mão, tocar nossos corações e compartilhar a dor de tentar?
Nós sonhamos com esperança. Nós sonhamos com mudança (...)
E então acontece.
O sonho vira realidade e a resposta para esta jornada, essa necessiade de resolver os mistérios da vida finalmente aparece como a brilhante luz de uma nova aurora.
Tanto esforço por um significado, um propósito... e no fim, nós encontramos isso em cada parte...
Nossa experiência compatilhada do fantástico e do mundano... a simples necessidade do humanos de encontrar seus antepassados para (...) saber dentro de nossos corações que não estamos sozinhos."

Este texto aparece no último capítulo da primeira temporada de HEROES. Mas, apesar de relacionar-se perfeitamnte com a história da série, este texto não fala só sobre pessoas com super poderes e seus questionamentos, suas vidas... fala de todos nós seres humanos, que fazemos parte da vida real e não de uma ficção, que lutamos com nossas dúvidas, nossos questionamentos e medos a cada dia...que também ansiamos por respostas, por mudança e por um mundo melhor... fala sobre nós, seres humanos que também queremos fazer a diferença e para isto precisamos ter fé e esperança...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Espalhando Algumas Flechadas

No dia dos namorados - dia em que as pessoas dedicam-se ao amor e a falar sobre o amor sem tantos pudores, tantas ressalvas, eu recebi uma flechada... um"selo" dedicado aos blogs que falam sobre o amor. E agora, como eu poderia não presentear também outros blogs que tratam este tema de forma tão linda? Fiz uma pequenina lista dos blogs a quem eu dedico este presente e coloquei uma breve explicação de porque foram escolhidos.

Esbaforidas - Este é o Blog da Fabiana. É um blog novo, recente, assim como o meu... mas ela trata bem do amor... do amor por sua terra, do amor por seus amigos, do amor por sua família, do amor pela arte e cultura, do amor que quer ter a seu lado.

O Gato na Paisagem - Acabei de conhecer este Blog e estou muito encantada! O Blog possui dois autores que nos pesenteiam com belos textos e poemas... cada um deles mais parece uma declaração de amor... e acho que realmente o são. Vale a pena conhecer!

Coisas de Bruna - Como a própria Bruna se descreve, ela é uma mineira, apressada, ariana, geniosa, filha única e muito doce. E ela imprime sua personalidade neste Blog que, entre muitas outras coisas, fala do amor que preenche seu coração. Amor pelas pessoas, pela vida, pelas lembranças e por tudo o mais que tem de precioso em sua vida.

Claro, muitos outros Blogs poderiam ser aqui citados, mas estes são os que mais têm feito parte do meu dia-a-dia...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Mais uma coisa linda da Adélia Prado

Encontrei Esta poesia da Adélia hoje...
Coisas bonitas e simples assim sempre me consolam o coração.

JANELA

Janela, palavra linda.
Janela é o bater das asas da borboleta amarela.
Abre pra fora as duas folhas de madeira à-toa pintada,
janela jeca, de azul.
Eu pulo você pra dentro e pra fora, monto a cavalo em você,
meu pé esbarra no chão.
Janela sobre o mundo aberta,
por onde vio casamento da Anita esperando neném, a mãe
do Pedro Cisterna urinando na chuva,
por onde vi meu bem chegar de bicicleta e dizer a meu pai:
minhas intenções com sua filha são as melhores possíveis.
Ô janela com tramela, brincadeira de ladrão,
clarabóia na minha alma,
olho no meu coração.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Recebi uma flechada!!!

Hoje recebi um presente bem legal: Uma flechada do cupido da Blogsfera. a flechada foi dedicada aos Blogs que falam sobre o amor e estou muito feliz por ter merecido tal presente.

Porém, o mais legal é que recebi tal presente de alguém que não conheço, a Mércia... ela é amiga da Bruna, do Coisas de Bruna... Gosto de ver como nossa vida e nossos relacinamentos são parecidos com uma grande teia da qual nem temos total consciência...estamos conectados a mais pessoas do que podemos imaginar e isto é realmente muito rico!

Em breve terei o prazer de espalhar a flechada entre outros Blogs que também o merecem.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Dias dos Namorados...

Apesar de eu estar só e de neste dia dos namorados eu não ter ninguém ao meu lado para viver as delícias de um namoro, resolvi que esta data merce uma homenagem...

A bela música de Antônio Villeroy fala algo que nos alenta o coração: Amores são sempre possíveis!

Amores Possíveis

Antonio Villeroy

Sim, tudo agora está no seu lugar
O Universo até parece conspirar
Para que não seja tudo em vão
Tanto tempo esperando esse amor
Sim, parece até que nada em nós mudou
Tanta coisa a gente inventou
Pra chegar afinal onde sempre eu te quis
Ver chegar
Paixões que eu vivi como se fossem uma
A tua espera sempre foi assim
Contratos feitos com o tempo
Amores são sempre possíveis
Sim... Sim

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Acertar a direção dos pés...


Ás vezes os caminhos que escolhemos já não nos bastam, já não nos alegram, não nos saciam... é preciso acertar a direção dos pés, não desanimar. Saber que há outros caminhos a percorrer, outras curvas, outras paisagens, outras paixões, outras dores, outras alegrias, outros amores...

Leila Souza


Sinal dos Tempos

Antônio Villeroy

É preciso fazer uma canção
Um trato, uma entrega, uma doação
É preciso a chuva escura, a noite
A solidão
É preciso tudo agora
Um dissabor uma vitória uma confissão
A voz de um instrumento e a tua mão
Que nos faça acordar
Sim
Meias palavras não bastam
É preciso acordar
É preciso mergulhar mais que mil pés
Onde Netuno traça o rumo das marés
É preciso acertar a direção dos pés
Quando os velhos caminhos se esgotam
E os tempos não voltam
Não voltam
É preciso alcançar outra estação
Mesmo com sono mesmo cansado solto como um cão
É preciso o sol e a rua a tarde
A multidão
É preciso Atravessar lá fora
Um corredor um rio da história uma revolução
O caos de uma palavra nova, um sim e um não
Que nos faça acordar
Sim
Meias palavras não bastam
É preciso acordar
É preciso mergulhar...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Bênção


O Senhor te abençoe e te guarde,
Mostre a ti o seu rosto
e tenha misericórdia de ti.
Volte para ti o seu olhar
e te dê a paz.
O Senhor te abençoe,
Frei Leão.


Benção que São Francisco escreveu de póprio punhopara Frei Leão. A invocação pessoal mostra a preocupação materna de Francisco por seu fidelíssimo amigo, pai, confessor e secretário.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Khaled Hosseini


Recentemente Khaled Hosseini, autor de "O Caçador de Pipas" lançou seu novo livro nos Estados Unidos. A previsão é de que o livro chegue ao Brasil até final de Agosto, enquanto eu espero, vou falar um pouquinho de seu primeiro livro, O Caçador de Pipas.

Quando eu leio, é como se eu criasse um mundo paralelo onde a estória do livro está acontecendo. E eu entro nesse mundo, conheço os personagens, convivo com eles, me emociono com eles e quando são realmente especiais, sinto saudades deles. O Caçado de Pipas foi um livro que me marcou muito e seus personagens, pessoas que me surpreenderam, me ensinaram, me emocionaram... me cativaram!

O livro fala de algumas das coisas que são realmente importantes na vida: amizade, amor e perdão. Conta a estória de Amir e de Hasan, dois amigos que cresceam juntos - apesar de separados pelas classes sociais, e de como se perderam um do outro graças ao egoísmo de Amir. Mas conta também a busca de Amir pela redenção, pela correção do erro que separou-o do amigo e que traçou destinos diferentes e tristes para cada um deles, principalmente para Hasan... e por fim, fala do perdão - capacidade única daqueles que preservam setimentos puros e verdadeiros em seu coração e sabem o que é realmente importante.

Além de ser uma estória linda, seu pano de fundo - mais de duas décadas da história do Afeganistão - contribuiu consideravelmente para tornar-la interessante e para despertar ainda mais meu interesse. Foi uma leitura emocionante, que me arrancou muitas lágrimas!

Claro que há quem tenha lido e achado exagerado demais, dramático ou cinematográfico demais... Quanto a mim, aguardo ansiosa o lançamento de seu novo livro na espectativa de que Khaled Hosseini tenha mantido a mesma sensibilidade e intensidade em sua escrita.
Para saber mais sobre o autor e sobre suas duas obras, acesse seu site.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Pensamento do dia....


Esse negócio de pensamento do dia é meio brega, mas recebi esta frase por e-mail, e ela é bem legal...acredito no que está escrito aí. Então, que este seja o pensamento do dia!

"Você tem que cantar como se não precisasse de dinheiro, amar como você nunca fosse se ferir. Você tem que dançar como se ninguém estivesse olhando. E isso tem que vir do coração, se você quer que dê certo. "
(Autor desconhecido)

Estação sem trem?



Esta é a estação ferroviária da minha cidade. Esta foto foi tirada em 1917, há exatamente 90 anos atrás...

É impossível não sentir uma ponta de tristeza ao ver esta foto e saber que, em breve esta será uma estação sem trem.
Há um projeto em andamento para mudar o percurso do trem retirando-o de dentro da cidade.

O motivo? Bom, as pessoas têm pressa... não podem mais esperar por cinco minutos enquanto o trem passa, não podem suportar o engarrafamento de cinco carros enquanto o trem passa. As pessoas hoje estão cheias de pressa... tanto que se esquecem de valorizar as pequenas coisas...

Enquanto muitas e muitas cidades lutam para preservar sua história e suas característcas, restaurando monumentos, colocando em atividade as antigas ferrovias, há cidades que só se preocupam com os cinco minutos "perdidos" enquanto espera o trem passar.

Eu tive minha infância em uma fazenda e quando ia á cidade, tudo era novidade, tudo era mágico... mas nada era melhor que o trem! Eu gostava de ficar sobre a ponte e esperar que ele aparecesse na curva, com seu apito ensurdecedor e sua fumaça. E ficava lá, olhando ele passar sob meus pés imaginado mil coisas... os caminhos que ele já havia percorrido, as muitas cidades por onde havia passado, as muitas meninas que haviam parado no meio do dia para vê-lo passar... minha imaginação ia junto dele...

Concordo com Bruna, uma amiga também santoantoniense... certas coisas não precisavam mudar...

Adélia Prado, com sua alma mineira como nossa, entendia bem a beleza do trem...


Explicação de poesia sem ninguém pedir

Adélia Prado

Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
atravessou minha vida,virou só sentimento.

(in Bagagem)

Corpus Christ

Uma das minhas datas preferidas do catolicismo é o dia de Corpus Christ!!!

Acho especialmente bonito o fato das pessoas trabalharem para criar belos tapetes coloridos por onde passará o Corpo de Cristo.

O tapete, obra de arte de muitos Joãos, Marias, Lúcias, Josés - artistas que desconhecem fama - é destruído em poucos minutos, mas cumpre o seu papel de enfeitar o caminho por onde Cristo vem passando. Os artistas? Eles nem se importam de ver sua arte destruída... se alegram de ver o Corpo de Cristo passando pelos desenhos que suas mãos humanas criaram.

Em SAMonte, infelizmente, a tradição da procissão de Corpus Christ logo pela manhãzinha sofreu uma alteração e hoje acontece durante a tarde... Uma lástima!!! Eu me deliciava em acordar de madrugada, com o ar gelado batendo no rosto e me encontrar com um grupo de pessoas friorentas, mas animadas para modelar a serragem colorida. Eu sempre levava uma garrafa de café bem quentinho e assistíamos o sol nascer enquanto trabalhávamos na confecção dos tapetes a espera da vinda de Cristo.

Claro, a procissão ainda acontece. Ainda nos reunimos e trabalhamos, animados, na confecção dos tapetes... mas existia uma magia a mais quando isso era feito de madrugada... acho que a doação era maior, e assim, a alegria da doação também era maior...

Mas independente do horário, continuaremos a preparar, com o coração cheio de alegria, o caminho por onde passará o próprio Cristo.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Adélia Prado

Gosto demais do jeito da Adélia Prado escrever. É uma escrita despretenciosa de quem escreve apenas aquilo que sente, que já viveu, que já viu. E é simples. Acho que o poema que mais gosto é este abaixo. Me faz lembrar o quanto somos cegos em não perceber que na simplicidade, existem as coisas e sentimentos mais refinados, mais verdadeiros!

Ensinamento

Adélia Prado

Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

Coragem


"A dor alimenta a coragem.
Não podes ser corajosa se só te acontecerem coisas maravilhosas"

Mensagem simples e profunda enviada para meu celular pelo meu doce amigo Alessandro, o Lobão. Mesmo distante, ele nunca deixa de se fazer presente em minha vida.


terça-feira, 29 de maio de 2007

Boa descoberta

A Bruna, uma nova e muito querida amiga, me proporcionou uma boa descoberta: Alice Ruiz... Maravilhosos os textos, as composições e os poemas!!! Estou me deliciando com esta descoberta!!!
Segue uma de suas composições ainda inéditas:

Coisa tua

(Waltel Branco e Alice Ruiz)

assim que vi você
logo vi que ia dar coisa
coisa feita pra durar,
batendo duro no peito
até eu acabar virando
alguma coisaparecida com você
parecia ter saído
de alguma lembrança antiga
que eu nunca tinha vivido,
mas ia viver um dia
alguma coisa perdida
que eu nunca tinha tido
alguma voz amiga
esquecida no meu ouvido
agora não tem mais jeito,
carrego você no peito
poema na camiseta
com a tua assinatura
já nem sei se é você mesmo
ou se sou eu que virei alguma coisa tua

Correspondência á moda antiga



Os tempos modernos nos troxeram muitas vantagens e muitas ferramentas para facilitar e tornar mais prático o nosso dia-a-dia. Uma destas ferramentas é o correio eletrônico.


Sim, é verdade. Admito que ele é muito prático nos colocando rapidamente em contato com as pessoas distantes, levando nossa mensagem á qualquer canto do mundo... Mas há coisas que ele não consegue substituir...


O correio eletrônio não consegue substituir a delícia da espera por ver um envelope ser jogado por debaixo da porta. A delícia maior ainda de poder pegar o envelope - portador das palavras daquelas pessoas que nos são caras e que estão distantes - e levá-lo consigo até seu quarto para ler cada palavra por várias vezes...


O correio eletrônico também não consegue substituir a intensidade contida em uma carta. A intensidade da pessoa que, por vários minutos - ás vezes horas - deixou tudo de lado para sentar-se e escrever... O correio eletrônico não consegue denunciar a emoção de quem escreveu as palavras com a mão trêmula, nem consegue guardar nenhuma marca de alguma lágrima que por ventura caia.


Praticidades são interessantes - especialmente nos nossos dias apressados. Mas certas coisas não precisam ser tão práticas. Certos momentos não precisam ser tão práticos... precisam ser especiais.


Por isto, utilizo sim as ferramentas práticas, mas, continuo esperando ver por debaixo da porta uma carta de uma das muitas pessoas que me são caras, queridas e que estão distantes de mim.