segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Quão ardentemente desejo, ás vezes, uma ponte que me ligasse com maior tranquilidade e naturalidade ás pessoas, especialmente áquelas que me são caras!!!

Álbum de Recordações II

No dia 11 de Abril deste ano, escrevi uma postagem intitulada Álbum e Recordações, na qual falei de alguns dos mais preciosos tesouros que possuo...minhas lembranças.

Cada lembrança - especialmente aquelas de minha infância - são um pedacinho da pessoa que sou, da pessoa que nunca quero deixar de ser, como uma colcha de retalhos de mim mesma, de minha vida. Por esta razão tenho tanto medo de perdê-las, medo de que elas se desfaçam no tempo veloz que me atropela e assim, eu me esqueça quem sou e o que relmente amo nesta vida.

Durante este final de semana, meu coração sussurrou aos meus ouvidos com outras recordações...belas e importantes.

Assim como as outras, estas também são partículas do eu sou e precisam ser eternizadas.
Álbum de Recordações II:
  • Dia em que fiquei internada e meu irmão encheu uma enorme sacola de laranjas "água doce" só pra levar pra mim, pois eu gostava;
  • Conversar com o Padre Luciano (meu primo e herói de infância) deitada em seu colo;
  • Ficar na soleira da porta da cozinha na roça esperando meu pai chegar da cidade com um saquinho de balas;
  • Natal na roça, quando minha mãe fazia cochinhas e pastéis... Fazíamos uma verdadeira ceia com cochinhas, pastéis e refrigerante;
  • Cheirinho de capim sendo picado de manhã para as vacas;
  • Pular no monte de capim recém picado;
  • Meu primeiro namoradinho... Roberval, aos meus oito anos de idade;
  • Quando, na adolescência, saía com meu irmão pela rua fingindo que ele era meu namorado, deixando todas as garotas com inveja;
  • E muitas outras que, a seu tempo, serão aqui registradas para serem meus pilares de sustentação, minhas raízes.

Percebi que, apesar de tais recordações fazerem parte de mim e serem a matéria da qual eu sou feita, são também momentos que não voltarão mais. É uma inocência que eu já perdi. São tezouros que se deterioraram com o tempo...relacionamentos que se modificaram...

Talvez meus álbuns de recordações sejam a última tentativa de resguardar, preservar tudo de bom que tais recordações significam... não deixar escapar por entre meus dedos assim como muitas coisas me escaparam.