segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quando Fevereiro Chegar...

Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua
No ar, o fogo vai deixar semente
A gente ri e a gente chora
Ai a gente chora
Fazendo noite parecer um dia
Faz mais depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer, verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois do amor
Ninguém verá os sonhos que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém, verá os sonhos que sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Eu vou te procurar, na luz de cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz virar um astro incandescente
Teu amor faz cometer loucuras
Faz mais
Depois faz acordar chorando, pra fazer e acontecer,
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois do amor...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Máscaras e personagens

Muitos escritores, cronistas, poetas, anônimos e blogueiros já escreveram sobe o ser humano e suas inúmeras máscaras, os inúmeros personagens assumidos no dia-a-dia.

O assunto, acredito eu, é tão amplamente discutido e refletido porque é parte da vida em sociedade. Faz parte do humano ser multifacetado, ser muitos em um só: o profissional, o amante, o amigo, o visinho, o pai, o tio, o patrão, o motorista... Cada personagem combinando com o que pede a ocasião, o local, as pessoas.

Mas há que se definir bem estas máscaras e personagens nossos de cada dia - tão necessários e inofensivos que em nada nos tornam menos verdadeiros, menos autênticos. E há também que se falar de outras máscaras usadas por algumas pessoas, máscaras e personagens nem tão necessários e inofensivos - verdadeiras artimanhas de quem não sabe ser autêntico, ser verdadeiro e não conhece outra forma de alcançar seus objetivos senão com joguinhos e falsidades.

São pessoas que, normalmente estampam um sorriso meigo nos lábios, adoçam suas palavras como se fossem mel, vestem a ropagem de um personagem envolto em candura e inocência, mas trazem dentro de si sentimentos ruins... inveja, ciúme, raiva, despeito, desconfiança. Abraçam-nos e nos beijam, mas gostariam de nos apunhalar.

O que acho pior é que estas pessoas fazem um uso tão indígno da boa educação, da atenção, do carinho e do respeito pelos outros. Uso indígno porque é envolto em falsidade. Travam suas lutas de forma suja, usando seus joguinhos de doces palavras para conseguir chegar aonde querem... obter informações, nos afastar de pessoas queridas, distorcer palavras...

Odeio pessoas assim. As odeio porque prezo a verdade, a sinceridade e porque estas pessoas infelizmente acabam envolvendo tantas coisas em seus joguinhos, coisas queridas, pessoas amadas, verdades veladas... e terminamos presos em sua teia de relacionamentos deturpados, sem saber como sair sem ferir, sem destruir tantas coisas envolvidas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Há uma forma de ser bom novamente...


Esta é uma das frases mais marcantes do livro O Caçador de Pipas de Khaled Hosseini. Eu diria até que esta frase é mais significativa que aquela que Hassan disse para Amir na estória: Por você faria mil vezes.

É muito bom, assim como muito amedrontador saber que há formas de ser bom novamente, de consertar os erros, de alcançar a redenção, de encontrar a paz com os outros e consigo mesmo. Estas formas nem sempre são fáceis, mas com certeza esta estória nos mostra que valem a pena.

Hoje é a estréia brasileira do filme baseado no livro O Caçador de Pipas e com o mesmo título. Este é um daqueles dias em que as desvantagens de morar em cidade pequena ficam mais acentuadas... desvantagens tais como a inexistência de um bom cinema.

Mas esperarei até o filme chegue na minha região. Equanto isto, já estou ouvindo a trilha sonora (linda) e voltarei a refletir sobre a estória e seus ensinamentos. Quem sabe para mim também haja uma forma de ser boa novamente.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Minha mãe freira

Em maio de 2007 eu escrevi aqui sobre minha experiência no Mosteiro Nossa Senhora das Graças e sobre esse meu desejo irrealizado de trilhar um caminho espiritual. Quem quiser, pode ler novamente aqui. O curioso é que na época em que vivi esta esperiência e também quando escrevi sobre ela, não me lembrava da influência da minha mãe neste meu lado que quer (e já quiz com muito mais intensidade) pertencer mais ao céu que à terra.

Desde que eu era criança minha mãe nos contava que, quando jovem, ela quizera ingressar em um convento e que chegou até a acertar tudo para sua nova vida... mas conheceu meu pai, vislumbrou outro caminho e mudou de direção. Minha mãe sempre nos contava isto com os olhos brilhando. Não de arrependimento, mas um brilho de um desejo que ainda estava dentro dela. Ela dizia que, se um dia meu pai "partisse" antes dela, ela retomaria este projeto.

Meu pai partiu antes dela.
Não sei porque pais e mães precisam partir assim. Não deveria ser deste jeito.
Mas, enfim... minha mãe retomou a idéia de ingressar em um convento. Ela não disse isto como uma decisão já tomada, mas como algo que ela está começando a deixar sair do esconderijo.

Meu coração fica confuso quando penso nisto. Principalmente depois da morte de meu pai é difícil pensar em ficar longe de minha mãe. Mas por outro lado, sinto uma grande esperança nesta possibilidade. Esperança de que minha mãe tenha coragm de ir em busca deste desejo e de que ela encontre a mais pura felicidade.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Novo Ano

Inauguro as postagens de 2008 com uma imagem que, hoje, traduz muito bem meu sentimento em relação a este novo ano: Uma estrada da qual não podemos ver as cores e formas, mas sempre com a expectativa e a esperança de uma bela paisagem.