sexta-feira, 13 de abril de 2007

A Dona da História


A primeira vez em que assiti ao filme "A Dona da História" foi logo após seu lançamento, em uma das salas de cinema do Shoping Cidade em BH. A sala estava lotada naquele dia!

Este é o tipo de filme considerado pela maioria das pessoas como um filme leve, agradável... nem drama nem comédia...
Eu? Bom, considerar eu também o considero assim, mas quanto a sentir é diferente...

Chorei. Chorei o filme quase todo e depois que terminou também. No dia eu nem tive condições de raciocinar direito sobre os motivos do meu choro compulsivo, mas recentemente eu o revi.

Desta vez eu o assiti em casa, sozinha... sem platéia. Bom, eu chorei. Chorei o filme quase todo e depois que terminou também. Mas a diferença é que desta vez eu me perguntei o porque das lágrimas e percebi duas coisas, um pouco contraditórias entre si:
  1. Sempre queremos ter o poder de mudar nossa história, voltarmos no tempo e fazer coisas diferentes, de forma diferente, e

  2. Desejamos, talvez em maior intensidade, viver histórias tão fantásticas, belas e verdadeiras que, mesmo tendo o poder de voltar no tempo, não tenhamos coragem de mudar uma só vírgula.

De minha parte, desejo, com todas as forças viver histórias dignas de serem mantidas e lembradas com grata alegria, mas me pergunto se terei a sensibilidade de percebê-las em toda a sua beleza ou se me renderei á tendência de nós seres humanos em nunca se satisfazer com nada...

Um comentário:

Bruna disse...

Oi Leila! Demorei a aparecer por causa do trabalho, desculpe. Gostei de todos os posts, especialmente do seu album de recordações. Quem sabe um dia eu consiga escrever sobre o meu, não é mesmo? Só temo ser traída pela minha memória... risos...

Sobre este post, talvez eu não o tenha entendido direito porque não assisti ao filme, e talvez por isso meu comentário não seja condizente, então não me leve muito a sério, ok?

O fato é que cada amor, quando começa, é uma aventura. Não porque encontra-se um novo parceiro, mas porque, ao apaixonar-se novamente, descobre-se (ou inventa-se) uma nova pessoa, uma pessoa que quer esquecer o passado e começar de novo, como se fosse a primeira vez.

Por que queremos esquecer o passado que nos machucou? Por que temos a necessidade de idealizar, num simples trocar de olhares, uma nova história? Por que esperamos por um encontro mágico para mudar a nossa vida? Por que temos esperança de que, este encontro mágico, é o que vai fazer a história dar certo? Será que temos necessidade de sempre estar reinventando o desconhecido?

Não sei. Não sei mesmo. O que eu sei é que durante a minha vida, por mais que eu estivesse apaixonada, feliz, realizada, sempre dava um jeito de acabar com tudo. Consciente? Inconsciente? Não sei. O fato é que minha cabeça sempre foi mais sonhadora e ambiciosa do que a minha realidade, e meu coração sempre quis acompanhar a minha cabeça.

Beijos pra você! Espero que esteja tudo bem por ai.