terça-feira, 29 de maio de 2007

Correspondência á moda antiga



Os tempos modernos nos troxeram muitas vantagens e muitas ferramentas para facilitar e tornar mais prático o nosso dia-a-dia. Uma destas ferramentas é o correio eletrônico.


Sim, é verdade. Admito que ele é muito prático nos colocando rapidamente em contato com as pessoas distantes, levando nossa mensagem á qualquer canto do mundo... Mas há coisas que ele não consegue substituir...


O correio eletrônio não consegue substituir a delícia da espera por ver um envelope ser jogado por debaixo da porta. A delícia maior ainda de poder pegar o envelope - portador das palavras daquelas pessoas que nos são caras e que estão distantes - e levá-lo consigo até seu quarto para ler cada palavra por várias vezes...


O correio eletrônico também não consegue substituir a intensidade contida em uma carta. A intensidade da pessoa que, por vários minutos - ás vezes horas - deixou tudo de lado para sentar-se e escrever... O correio eletrônico não consegue denunciar a emoção de quem escreveu as palavras com a mão trêmula, nem consegue guardar nenhuma marca de alguma lágrima que por ventura caia.


Praticidades são interessantes - especialmente nos nossos dias apressados. Mas certas coisas não precisam ser tão práticas. Certos momentos não precisam ser tão práticos... precisam ser especiais.


Por isto, utilizo sim as ferramentas práticas, mas, continuo esperando ver por debaixo da porta uma carta de uma das muitas pessoas que me são caras, queridas e que estão distantes de mim.

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